quarta-feira, 26 de maio de 2010

Cores-imagem


Beatriz Milhazes

sábado, 15 de maio de 2010

Catetano Veloso - Você Não Me Ensinou a Te Esquecer



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.Deixar o que não mais importa, por mais que doa. Curar aquele ódio cru. Não precisamos mais dele, entenda. Aprenda a entender. O tempo se vai assim. Ele não pensa. Ele passa:

- Passo a passo.

domingo, 9 de maio de 2010

O corvo



Este texto é uma resposta para aquele que um dia seria meu padrinho. Mas por escolhas do destino ele partiu sem que eu pedisse sua benção antes. Mas ele me foi, antes de ir embora.

Paulo César de Oliveira: Poeta, morreu aos 30 anos, de pneumonia agravada pela AIDS, em 1994.


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De Paulo para Gabriel
De Gabriel,através de Paulo, para Paulo.
Paulo César de Oliveira.

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Corvo coroado


Isto que me prende, esmaga.
Eu estava velho(a) feio(a), seca(o). Como em vida sempre fui.
Pra que?

Lhe escrevo sempre, todas as noites.
No espelho em minha frente, já podre, meu corpo, meu rosto.
Sem nada, sou patético, sou um poeta preso.
Não me sirvo, não sirvo pro mundo

Apenas carrego no meu colo um querubim
Leve, lindo, que sorri sempre.
Pra mim o único que sorriu.
Pra dentro em mim, ele me vê.

Talvez assim, perco todas as palavras em choro.
Sozinho, sempre. Em meus gêneros e nomes.
Mas sinto que não vou mais sofrer,
Soy como las “rosas fuertes”.
Talvez em menos dias, vou chorar e padecer, dócil.
É essa tosse aidética que me resta apenas.
Meu coração já foi, já está ao lado dele, meu querubim, meu novo corpo, meu novo hálito. Meu novo corvo coroado.

Agora me deixo ser dele.

Estômago contorcido, espelho d’água-preta, do sangue que me escorre os olhos.
Assisto pelo espelho meu adormecer viril.
Só peço-lhe que me veja, que me aceite, que não me negue em si.
- com os olhos de corvo que lhe dou -
Sou querubim, naquele mesmo que carrego.
Sou o transporte, as asas do corvo.

“Pardon me”, ave indomável.

sábado, 1 de maio de 2010

CANTE CAnte cante...

Meu amor meu bem
Me Leve
Pra Vista Alegre
De avião
De caminhão de Zé-pelinho.